sexta-feira, setembro 16, 2005

 

Greve continua

Os professores da Universidade Federal de Viçosa continuam em greve, engrossando o movimento que pressiona o governo/MEC para atender suas reivindicações, principalmente de recomposição salarial de 18% e incorporação da GAE, gratificação. O governo/MEC vem enrolando o movimento há uns três anos, com um descompromisso muito grande com a educação, neste caso superior. No momento 23 universidades estão em greve, e não está no horizonte imediato sua resolução. O Comando Nacional de Greve, em boletim recente, alerta que o objetivo da greve é lutar contra anos de descaso e desrespeito à categoria dos docentes e a ausência de negociações. “É necessário ampliar a mobilização e o diálogo com a sociedade, fazer crescer a articulação com o movimento dos técnicos administrativos e dos estudantes. (...) Fortalecer a greve e fazê-la crescer mais é fundamental para que o governo negocie, respeite a Universidade Pública e Gratuita e atenda nossas reivindicações”, termina o boletim.
No campo dos técnicos-administrativos a greve também continua, com o mesmo descaso do governo, que aposta no enfraquecimento do movimento e sua divisão interna. No movimento dos técnicos, que conta com 29 universidades no momento, há uma divisão notória entre governistas, aqueles que defendem o governo a qualquer custo e que trabalham todo o tempo para terminar a greve, e os que têm posição de oposição ao governo e lutam para tentar melhorar um plano de carreira negociado o ano passado por esses mesmos governistas, repleto de falhas e que prejudica uma boa porcentagem dos integrantes da categoria, principalmente funcionários de nível superior.
Uma pena que o movimento nas universidades entre docentes, técnicos-administrativos e estudantes não seja unificado. Serviria até para abreviar o tempo da greve.

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