domingo, fevereiro 11, 2007
Leviandade e sensacionalismo em Páginas da Vida
Passo na banca de revista e vejo estampado na capa dessas revistinhas que cobrem celebridades e novelas de televisão que a personagem Sandra da novela Páginas da Vida vai assassinar seu marido milionário. É a leviandade levada ao horário nobre. O autor Manuel Carlos se inspira, mais uma vez, nas páginas dos jornais, que cobrem, talvez com a mesma leviandade, o caso daquele milionário ganhador da mega-sena que foi assassinado e sua jovem e bonita mulher foi a primeira suspeita. O caso está tendo seus desdobramentos, com outros suspeitos, sem que haja indício concretos da participação da possível herdeira. Na cidadezinha onde ocorreu o crime, a suspeita foi hostilizada pela população quando foi à delegacia depor. Agora, em horário nobre a insinuação parte de uma trama novelesca, que tem grande penetração na população. O milionário assassinado na telinha também é ganhador de loteria.
Outra na mesma novela, agora no campo do sensacionalismo para alavancar audiência, no mínimo. Um ou dois dias depois do crime que estarreceu o país do menino de seis anos que foi arrastado pelo carro da família roubado no Rio de Janeiro, o relato aparece na novela quando uma das freiras lê a notícia no jornal O Globo (vá lá que não seja propaganda, afinal a publicação é do mesmo grupo que produz a novela). As freiras comentam o ocorrido e rezam, com direito a aparecer imagens do Cristo Redentor. Puro sensacionalismo ou até mesmo apelação do autor.
Outra na mesma novela, agora no campo do sensacionalismo para alavancar audiência, no mínimo. Um ou dois dias depois do crime que estarreceu o país do menino de seis anos que foi arrastado pelo carro da família roubado no Rio de Janeiro, o relato aparece na novela quando uma das freiras lê a notícia no jornal O Globo (vá lá que não seja propaganda, afinal a publicação é do mesmo grupo que produz a novela). As freiras comentam o ocorrido e rezam, com direito a aparecer imagens do Cristo Redentor. Puro sensacionalismo ou até mesmo apelação do autor.
Temeridade crescer
Na Folha de S. Paulo deste domingo, 11 de fevereiro, o ministro da Fazenda Guido Mantega diz que é uma temeridade certos países, como Argentina, Rússia, China, crescerem a taxas de 7%, 8% e 9% do PIB. O seu raciocínio torto é que "vão encontrar pontos de estrangulamento e isso pode reverter". Ou seja, para não ter a decepção de assistir à diminuição do ritmo de crescimento da economia a saída desejada é não crescer.
Temeridade é ter um ministro da Fazenda desses. O mesmo que desejando que os juros caíssem brincou muito canhestramente com o kaiser do Banco Central, Henrique Meirelles, pedindo-lhe que na próxima reunão do Copom isso ocorresse.
Temeridade é ter um ministro da Fazenda desses. O mesmo que desejando que os juros caíssem brincou muito canhestramente com o kaiser do Banco Central, Henrique Meirelles, pedindo-lhe que na próxima reunão do Copom isso ocorresse.